26 de abr. de 2011

PAI SETA BRANCA


PAI SETA BRANCA

Pai Seta Branca é um dos nomes recebidos pelo luminoso espírito de Oxalá, Orixá poderoso que preside todo o desenvolvimento cármico do nosso planeta, a quem foi dada a missão de espiritualizar o Homem. É o grandioso guardião do Oráculo de Simiromba (*), que administra todo o potencial de forças que agem e interagem na Terra. SIMIROMBA significa, em nossa Corrente, “Raízes do Céu”, e Pai Seta Branca é o Simiromba de Deus! De seu Oráculo, Simiromba realiza toda a grandeza presente em nossos trabalhos. Chegando aqui, liderando a missão dos Equitumans (*) , quando ficou conhecido como Jaguar, e dos Tumuchy (*).
Na condição de espírito irmão de Jesus, foi seu mais amado discípulo – João, que escreveu o IV Evangelho e o Apocalipse. Oxalá retornou no século XII, na Itália, como Francisco de Assis, junto com sua alma gêmea - Mãe Yara - como Clara de Assis, desenvolvendo magnífica obra dentro da Igreja Católica Apostólica Romana, criando a Ordem Franciscana, implantando as bases de sua Doutrina: Amor, Humildade e Tolerância, idéias das quais os Homens estavam afastados. Na época da conquista da América, no século XV, Oxalá era o grande cacique de uma tribo Inca, estabelecida em Machu-Pichu, tendo recebido o nome de Seta Branca por causa de sua lança armada com a presa de javali.
Com as conquistas espanholas na região andina, houve uma ocasião em que os espanhóis chegaram nas proximidades daquela tribo, ameaçando-os. Seta Branca e seus oitocentos guerreiros aguardavam os invasores em um descampado. Quando estavam próximos para iniciar a batalha, Seta Branca começou a falar, ao mesmo tempo em que, com sua seta branca nas mãos, fazia como que uma oferenda aos céus. Sua voz ressoava por toda aquela região, gerando campo de forças que trouxe um clima de paz e tranquilidade o qual influenciou todos aqueles corações. Guerreiros dos dois lados sentiram aquela emanação, e foram se ajoelhando. Seta Branca terminou sua invocação, trouxe sua seta até o plexo, e ficou em silêncio, de cabeça baixa, aguardando os acontecimentos.
Os espanhóis foram se levantando e abandonando o campo, e retornaram para seus acampamentos, no oeste, sem qualquer confronto. Os Incas retornaram à sua cidade, sentindo o poder do amor sobre a força bruta. E ali viveram por muitos anos ainda, totalmente isolados. Esses espíritos retornaram no limiar do Terceiro Milênio, liderados por Oxalá, na roupagem de Pai Seta Branca, tendo como líder, no plano físico, Tia Neiva (*), que reuniu os Jaguares sob a Doutrina do Amanhecer.
O aniversário natalício de Pai Seta Branca é reverenciado no dia 14 de fevereiro. Mensalmente, no primeiro domingo de cada mês, no Templo-Mãe, faz-se o ritual da Bênção de Pai Seta Branca, quando quatorze ninfas se revezam na incorporação do Pai, dando a bênção a centenas de pacientes e mestres, com a presença de Ministros que incorporam em Ajanãs. Nos Templos do Amanhecer, uma só ninfa – geralmente a Coordenadora – incorporava e dava mensagens e bênçãos de Pai Seta Branca, obedecendo ao ritual que se encontra no Livro de Leis. Em julho de 2000, o Trino Ajarã alterou o sistema, diante da impossibilidade da marcação das Bênçãos para a grande quantidade de Templos do Amanhecer, inclusive com cinco no exterior, e passou a ser realizada a Bênção do Ministro (*).
Todos os anos, a partir de 1971, Pai Seta Branca se dirige a seus filhos Jaguares através de mensagens que são pronunciadas no Templo-Mãe, à meia-noite do dia 31 de dezembro. Até 1984, foi a comunicação feita por Koatay 108. Depois, uma ninfa passou a ser designada para isso.

CABALAS

Cabalas

Cabala – É uma palavra hebraica que significa “lugar elevado” e designa, também, aspectos secretos de uma doutrina. Na nossa Doutrina do Amanhecer, cabala é um ponto etérico, onde são manipuladas energias. Tia Neiva tem a sua cabala, assim como Pai Seta Branca e Jesus também tem suas cabalas. Desde tempos antigos o Homem aprendeu a manejar as forças das cabalas, como se podem verem muitas ruínas. No Vale do Amanhecer existem várias cabalas, desde a Estrela Candente até as Cassandras.

Sobre o poder da cabala, nos ensinam Humahã e Tia Neiva:

“Conhecendo bem as leis e as forças da Cabala, às vezes nos admiramos tanto, porque certos homens, que tiveram a graça de ser inteligentes, preferiram, no entanto, viver com suas armas presas nos estreitos limites do corpo humano, resistindo até mesmo aos esforços dos Poderes Superiores. O medo do ridículo, provocado pelo orgulho!... Não sabe o Homem que seria mais inteligente se aprofundar para criar!...”
Humahã – Outubro de 1962

“Sim, o poder cabalístico é que nos dá a faculdade de extrair a nossa energia. A Estrela Candente é cabalística, e nela nos libertamos. Libertamo-nos porque emitimos a nossa energia, e este ritual cabalístico nos conduz o poder das Amacês e das Cassandras... O mundo inteiro - ou todos os Homens do mundo - não conseguem o que SETE Homens na força cabalística podem fazer! E, no Vale do Amanhecer, tudo é cabalístico. Por conseguinte, tudo é possível aqui...”
Tia Neiva – 19/09/1980

Cassandra – é um tipo de cabala, onde se projeta a força do Ministro ou da Princesa, ou de outra entidade a que for destinada. Na Cassandra, dispõe o mestre de toda uma força concentrada. A ninfa Dharman Oxinto, por exemplo, quando senta na Cassandra de sua Falange, dispõe da força das Dharman Oxinto do espaço, da Princesa Aline, e pode enviar esta força a qualquer pessoa, em qualquer lugar, para ajudar. A mentalização na Cassandra é fortíssima, e consegue grandes fenômenos.

Oráculo – é outro tipo de cabala. É um ponto emissor de forças, que são projetadas por seus Raios ou Raízes, na medida da necessidade do mestre que as vai manipular. Muitos são os oráculos nos planos espirituais, mas, na Terra, temos a ação de três grandes Oráculos: o de Ariano, o de Olorum e o de Obatalá. Esses oráculos emitem seus raios, e que cada raio é um poder. Dessa força dispõe o mestre, segundo sua harmonia e seu desenvolvimento. Não se sabe de quantos raios dispõe um mestre, porque, de acordo com sua evolução, com suas consagrações, passa a dispor de mais forças.
Cada força ou raio, tem sua especialidade. Não existe maior ou melhor raio. Existe, apenas, a Soma dessas forças, desses raios.
Assim, o mestre consciente, desenvolvido e harmonizado, disporá de um conjunto de forças que o tornarão apto a grandes realizações, a trabalhos dificílimos, pela ação dos raios que se projetam desde os oráculos e se acumulam em seu plexo.

Raiz – é algo como um estado de acomodação de forças, em movimento de destaque. São formadas pelos Grandes Iniciados na Terra, e, agora, com o nosso trabalho, estamos homogeneizando a Raiz do Amanhecer. Cada raiz tem o seu conceito, porque atrai sempre a mesma origem. As raízes formam uma contagem. A raiz que nos rege, no momento, é a de Araken, um raio do Oráculo de Ariano.

Oráculo de Ariano ou Oráculo de Simiromba – significa “Raízes do Céu”, e é a junção de sete Raízes Universais, que trazem todo o acervo de forças necessárias aos trabalhos para auxílio de encarnados e desencarnados que se prendem ao plano terrestre. É o Sol Simétrico:



Simiromba – é a junção das sete raízes universais. Quando Simiromba se desloca, na sua ordem também vão se deslocando as raízes, segundo sua necessidade, porque as forças nunca se deslocam em vão. Simiromba é a reunião das forças do Oráculo de Ariano, isto é, dispõe dos sete Poderes, podendo atuar com um ou, ao mesmo tempo, com todos eles. Portanto, Simiromba é a regência desses sete Ministros, que atuam, cada um, diretamente, sobre nós e nos auxiliam em nossos trabalhos, da seguinte forma:

Eridan – é o Raio que emite para os trabalhos de desenvolvimento. É o primeiro Raio Iniciático, a força primeira que se projeta em um mestre “a Caminho de Deus”, que inicia seu desenvolvimento.

Oner – é o Raio da Iniciação, a força dos Grandes Iniciados que se projeta quando o mestre faz sua Iniciação, e se soma à força de Eridan.

Adones – é a força que se projeta, unindo-se às duas primeiras, quando o mestre faz sua Elevação de espadas, e forma em seu plexo um conjunto de forças de grande poder desobsessivo.

Araken – é o Raio que se projeta no mestre após a Consagração da Centúria, e o torna apto a todos os trabalhos de nossa Doutrina. Araken é o 3.º 7.º de Xangô, responsável pelo transporte e pela Lei de Causa e Efeito.

3.º 7.º - é um comendo, uma força que pode portar outras, em conjunto. É o canal de emissão na Linha do Amanhecer.

Xangô – é um Orixá. Orixás são regentes de determinadas forças. Xangô é portador da grande força da Terra, tanto na Linha Africana como na Linha do Amanhecer.

Delanz, Alufan e Aton – são outras raízes, os Adjuntos de Araken, que se deslocam na medida das necessidades do trabalho.

Akinaton – é a força derivada de Aton. Não é uma raiz, e sim uma força decrescente daquele Adjunto, Raiz de Simiromba.

Oráculo de Olorum – é a cabala que manipula as forças que apóiam os aparás. São sete raios que ajudam o mestre de incorporação a se manter equilibrado e com toda a sua força. No momento, dispomos dos seguintes Raios de Olorum:

Ifan – Cavaleiro Ligeiro – é o que conduz os espíritos para a incorporação no médium, para que possa ser doutrinado, para que receba a carga de ectoplasma necessária à sua recuperação;

Oxan-By – é a força da cura, do plexo físico e do espírito;

Lança Vermelha – é o Cavaleiro da Cura Desobsessiva, da cura dos espíritos. Manipula as forças para que os médicos do plano espiritual, nos trabalhos de cura, possam trabalhar;

Chapanã – é o Cavaleiro da Lança Negra, a força da Justiça Final e aquele que executa a decisão divina de retirar um espírito encarnado que está comprometendo seriamente a si mesmo e àqueles que o cercam. É quando um espírito errante, que se excede no ódio e na maldade, e tem que ser interrompido, ou até mesmo desintegrado, que age Chapanã.

Oráculo de Obatalá – é o Oráculo do Amor, das forças regidas pelo grande Oxalá. Obatalá é um Ministro de Oxalá, um elevado Espírito. O Oráculo de Obatalá emite raios de grande poder curador. É onde são tratados os espíritos que precisam de ajuda: os sofredores, os doentes, os perdidos no ódio. É uma poderosa força que atua como luminoso farol na escuridão. Para lá são encaminhados os espíritos que passam nos trabalhos, pela elevação. A elevação do Doutrinador tem toda uma força cabalística. Daí o seu poder, o cuidado que se deve ter em fazê-la corretamente.

Correntes Brancas do Oriente Maior – são Raios ou Raízes do Oráculo de Obatalá. Dessas Correntes fazem parte as Linhas dos Pretos Velhos, dos Caboclos, das princesas e das Sereias.

Tapir – Força nativa predominante no Reino Central, é um Raio de Obatalá, que projeta principalmente sua força no Doutrinador.

Jurema – é um Adjunto do Oráculo de Obatalá, que rege as forças desobsessivas projetadas por Obatalá. Estamos aprendendo a manipulá-las e, em conjunto com as outras forças, vamos construindo a Raiz do Amanhecer, que formará o Oráculo de Koatay 108, pela junção das forças da Terra e do Céu, Istoé, Xangô e Pai Seta Branca, manipuladas por Tia Neiva.

Reino Central – é a reunião dos três Oráculos: Simiromba, Olorum e Obatalá. Quando um mestre se coloca como representante do Reino Central, a força que manipula é grandiosa e intensa. Se não estiver bem equilibrado, em perfeita sintonia, cumprindo a Lei, pode ser um grande desastre o seu comando. É uma grande missão,mas o mestre deve ser consciente e saber se está em condições de manipular tão gigantesca energia. Senão, arrisca-se muito.

Grande Oriente de Oxalá – é o Oráculo de Obatalá. Oxalá é um espírito de alta hierarquia, que está muito próximo de nosso Pai Celestial. Ilumina e vibra na Corrente Oriental do Amanhecer, ajudando Koatay 108 a ir preparando seu povo, através de transformações iniciáticas, e formando a Raiz do Amanhecer, em conjunto com Simiromba e Olorum.

Estrelas – são 3 falanges, formando 21 Sandays, que partiram dos três Oráculos e se colocam à mercê de Koatay 108, que faz a contagem das estrelas.
Cada Estrela – Sivans, Harpásios, Vancares, etc. – forma um Amacê, com a especialidade do desenvolvimento de uma missão. Representam uma reserva de energias adequadas às condições que se apresentarão nesse liminar do III Milênio.

Amacê – é uma nave, uma estrela, um portal de desintegração, que se apresenta com precisão nos trabalhos. Pode carregar espíritos, emitir energia, transmutar energia, passando de um plano para outro. Os horários devem ser obedecidos, quando são estabelecidos para determinado trabalho, porque, se houver atrasos, corre-se o risco da Amacê ir embora, e o trabalho não contar com essa força. É o caso, por exemplo, da Estrela Candente. A cada consagração, na Estrela, naquele preciso horário, está presente uma Amacê.

Oxosse – é um Raio de Olorum, que nos rege e nos guarda, na sutileza de nossa alma. Seus Adjuntos – os Cavaleiros de Oxosse – fazem os trabalhos desobssessivos e se encarregam de conduzir os espíritos para as casas transitórias, os albergues e hospitais do espaço.

Lança Lilás – não é um Raio de Oráculo, e sim um trabalhador que se harmoniza com Olorum, é o Cavaleiro da Cura do Plexo Físico.

Lança Rósea – é o Cavaleiro do Amor Incondicional, que trabalha na emissão de vibrações de amor, para iluminar os espíritos perdidos nas trevas, obsidiados. Não é um Raio, mas se harmoniza com Olorum.

Correntes Brancas do Oriente Maior – são as forças de Obatalá.

Corrente Indiana do Espaço – é a força que se projeta da Cabala Indiana, dos Grandes Iniciados. Não é um Oráculo, mas emite poderosa força utilizada nos trabalhos desobsessivos.
Com essa noção rápida das cabalas e oráculos, resta lembrar, para que possamos executar melhor nossos trabalhos, o seguinte:

1) Em três momentos, durante o dia – às 12, às 15 e às 20 horas – entramos em sintonia com o Oráculo de Simiromba. É a Hora do Jaguar, nas quais trabalhamos para nós mesmos, emitindo o que o plexo físico gera. Onde estiver, o Jaguar mentaliza o que quiser, o que precisar. A energia gerada naquele instante, alcança aquela pessoa mentalizada, e é levada aos Himalaias. A prece “O Senhor tem o seu templo em meu íntimo! nenhum poder é demasiado ao poder dinâmico do meu espírito. o amor e a chama branca da vida residem em mim! Salve Deus!” é uma chave. Pode, dependendo das condições do momento, ser complementada por outra prece. Mas é preciso que seja feita com muito amor.

2) Existem muitas cabalas, que não chegam a formar um oráculo, mas que emitem forças para ajudar nos trabalhos do Templo ou onde quer que esteja um Jaguar, harmonizado e com amor no coração.

3) A contagem, a hierarquia, a classificação dos mestres, faz-se em função de sua capacidade na manipulação dos Raios dos Oráculos e das forças cabalísticas. Não se pode obter da espiritualidade qualquer posição por prestígio ou favor. Tudo é concedido na Lei que dá a cada um de acordo com seu merecimento. E esse merecimento é medido pelo amor, pela dedicação do mestre, por sua humildade e tolerância.

4) “O teu pensamento acerca dos outros deve ser verdadeiro. Aquele que quiser trilar a senda, terá que aprender a pensar por si só. As saídas são mais dolorosas do que as entradas; dolorosas pelo frustramento e irrealizações que acaso nos produzem. Meus filhos: grandes revelações nos esperam. Quando falamos do que seja conhecimento da cabala, é preciso saber a hora de falarmos do assunto, porque a cabala é uma ciência mística, que não permite o emprego de homens pretensiosos ou vaidosos. No caso, é um desastre... A cabala precisa de liberdade para agir... No nosso ritual, a cabala é o leito das forças decrescentes, místicas...” (Tia Neiva – 28/10/1977)

5) Veleda, a grande pitonisa dos Germanos, foi morta em Roma, por Vespasiano, irado pela previsão que ela fizera da queda do Império Romano. Ela representava uma força viva, porque era a conjunção de 5 Raízes!

6) “Vamos pensar o que é um trabalho cabalístico. Cabalístico é trabalho de cabala, trabalho ritual, de gestos e cantos. A elevação do Doutrinador é um ponto cabalístico” (Tia Neiva – 19/09/1980)

7) “Meus filhos, estamos a remover séculos, em busca das raízes que deixamos. Voltamos! Sim, voltamos para evoluir o mundo, que ferimos quando nos afastamos de Deus!” (Tia Neiva – 07/09/1977)

Por tudo isso, pela grande responsabilidade da manipulação e manejo das forças, é que se precisa da Conduta Doutrinária, da consciência das Leis, do Trabalho com amor, com sintonia, com harmonia. Nos falou a Tia: “Abracemos agora o que nos ditam os nossos antepassados nos altos planos do Céu. Eis a única forma de favorecermos a paz em nosso coração”.

Salve Deus.

SESSÃO BRANCA

SESSÃO BRANCA

A Sessão Branca tem sua descrição no Livro de Leis. Propicia a troca de energia com muitos espíritos encarnados na condição de indígenas da região do Xingu, que dispõem das grandes forças dos Caboclos e do Povo das Águas, que se fazem presentes no Aroma Verde das Matas. É um grande poder que recebemos com essas incorporações, que nos impregnam com puro magnético animal, enriquecendo nosso fluxo mediúnico, recebendo, em troca, poderosa força vital iniciática, que os fazem mais sensíveis e receptivos das grandes forças de que dispõem em suas terras, em suas tribos. Numa região onde há tribos indígenas próximas a um Templo do Amanhecer, os índios chamam o Templo de “Casa dos Sonhos”, pois, certamente, muitos se lembram de ter sonhado com o local onde seus espíritos participaram de uma Sessão Branca. No Templo-Mãe, houve um cacique que estava em visita numa noite de Sessão Branca e, permitida sua presença, teve a oportunidade de conversar com membros de sua distante tribo que estavam incorporados.

O Vale do Amanhecer, em Brasília, é um lugar que mostra o quanto pode ser eclética a fé do brasileiro. E onde o êxtase ocorre com a prática da mediunidade: a crença de que os homens podem se comunicar com seres invisíveis.
O templo sagrado do Vale do Amanhecer que chega a reunir num único dia dois mil médiuns.
Na doutrina espírita, médium é toda pessoa que sente, em algum grau, a presença dos espíritos.
Neste lugar, logo na entrada do templo, os médiuns acreditam estar em contato com seres espirituais muito evoluídos, mentores invisíveis que canalizam suas forças através dos médiuns em benefício de alguém que está no meio da roda.
No centro do templo, está a mesa evangélica. Segundo a doutrina do Vale do Amanhecer, lá, espíritos sofredores recebem auxílio dos médiuns.

“O espírito sofredor é essencialmente aquele espírito desencarnado, seja recém desencarnado ou desencarnado há mais tempo, que por suas dores, angústias, mágoas e realizações, ou pela pura incompreensão, não seguiu um destino melhor espiritualmente“, diz o mestre Jarbas Guimarães.

Esses sofredores, que seriam pessoas que morreram, mas cujos espíritos permanecem presos à terra, entram no corpo dos médiuns que estão sentados. Os médiuns que estão em pé auxiliam transmitindo energias positivas.
Algo semelhante ocorre neste setor do templo sagrado do Vale do Amanhecer. Este é o chamado "trabalho de tronos". A crença é que os pretos velhos e as pretas velhas, ex-escravos que possuem conhecimento espiritual, atuam incorporados nos médiuns, orientando e consolando os aflitos e libertando essas pessoas de forças negativas.
O médium que recebe os espíritos, chamado "apará", entra em êxtase espiritual.

“A partir do momento em que a força tomou o seu sistema, ele sente uma outra natureza dentro dele. Ele sente uma natureza muito mais sublimada, muito mais paciente, muito mais sábia. Ele sente”, diz mestre Jarbas.

Na outra extremidade do templo, está a imagem do grande mentor espiritual do Vale do Amanhecer: Pai Seta Branca, considerado um espírito de luz, que em outras encarnações teria sido São Francisco de Assis e também um grande líder da nação tupinambá.
Pai Seta Branca, que segundo esta doutrina trabalha em sintonia com o princípio da caridade cristã, seria o líder de uma formidável variedade de entidades espirituais, chamada Corrente Indiana do Espaço. É uma corrente eclética, que reúne espíritos de negros, índios, caboclos, ciganos, magos, sereias, orientais.
Estas imagens seriam recebidas dos planos espirituais por este artista médium, Joaquim Vilela. Ele aponta outro grupo de mentores da corrente do Pai Seta Branca: entidades vindas do espaço em veículos chamados "estufas".
Fora do templo, ocorre o trabalho de estrela. A finalidade, segundo esta doutrina, é atrair espíritos muito negativos e ajudá-los a seguir em direção à luz. A médium Natália de Queiroz trabalha com uma energia atribuída a Iemanjá, a rainha das águas na tradição afro-brasileira.

“Eu sinto só aquela vibração boa, sinto aquela vibração boa como se estivesse nas águas, mesmo”, diz Natália.

Os homens, chamados jaguares, usam calças marrons para evocar as roupas de Francisco de Assis.
As mulheres são ninfas, cada roupa se refere a uma corrente de seres espirituais.
Este lugar e esta doutrina nasceram dos olhos de Tia Neiva, líder espiritual do Vale do Amanhecer, tida como clarividente pelos seguidores desta linha religiosa.

“Eu me transporto e vejo coisas que Jesus me concede que eu veja”, disse Tia Neiva numa entrevista.

Tia Neiva morreu em novembro de 1985, há vinte anos. Nas décadas de 70 e 80, milhares de pessoas, inclusive artistas e políticos, vinham buscar a orientação dessa sergipana que teve uma vida muito dura.

“Ela ficou viúva aos 22 anos e ela ficou sozinha, com a filha. Então ela foi e tirou a carteira de habilitação. Foi a primeira motorista profissional do Brasil”, diz mestre Raul Zelaya, filho de Tia Neiva.

O filho Raul diz que era neste quarto que Tia Neiva entrava em êxtase mediúnico.

“Ela passou a ter esse fenômeno de ver espírito. O olhar dela era como se tivesse olhando o infinito. Como se estivesse distante”, conta Raul.

A missão de Tia Neiva cresceu. Compare o Vale do Amanhecer na época em que ela morreu e agora: em torno do vale, cresceu uma cidade de 30 mil pessoas.

Hoje, o sucessor de Tia Neiva é o brasileiro nascido no Líbano Michel Hanna, que recebeu o título de trino sumanã, o maior na hierarquia da doutrina.

Ele foi um dos que ajudaram a criadora do Vale do Amanhecer a expandir esta missão, que hoje se espalhou por outros templos no Brasil e no exterior. É assim que ele define o êxtase da prática mediúnica:

“A mediunidade é uma voz direta do céu. Através dela, dessa comunicação, a gente caminha”, diz Michel Hanna.

ESTRELA CANDENTE


Na Estrela Candente , é poderosa energia, formando maravilhoso arco-íris pelos diversos padrões vibratórios de que é portadora, envolvendo o recinto, partindo do lado esquerdo da Cabine de Comando, contornando os limites da Estrela, dos Quadrantes, chegando até à Pirâmide, de onde retorna, margeando o Lago de Yemanjá e voltando à direita da Cabine. Sob o comando de OXUM MARÊ - Orixá XANGÔ, que tem o poder das Forças da Terra -, o Abaluê protege todo o recinto da Estrela Candente de qualquer interferência externa.